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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Despertar de mais um dia na cidade fria

Olá,
Entre o entre e sai dos transportes, para chegar ao local de trabalho, consegui tirar algumas fotos de um dos locais mais bonitos da cidade de Lisboa.
O despertar de uma cidade, onde passa tantas pessoas perdidas nos seus pensamentos, onde os olhares se cruzam e nada os faz perder tempo a olhar melhor, os carros que passam, os autocarros, os semáforos que indicam as passagens para os peões e veículos, atravessa-se a rua a correr quando o sinal está a cair para o vermelho, resquícios das iluminações da época de Natal que não foram retiradas, épocas festivas que não estão assim tão longe da nossa memória.
Mas a cidade não para, é um lufa, lufa de vidas, que vão pisando as calçadas desta cidade que desperta mais um dia, onde se passa por tanta coisa, tantas pessoas, tantas vidas, que ninguém quer saber, se são vidas boas ou não, sem abrigos que ainda se encontram a dormir nas suas camas improvisadas de cartão num hotel que não é de cinco estrelas, mas que por dormirem ao relento se encontram cobertos delas. Caras felizes que recordam uma noite passada nos braços de quem amam, de um sorriso de um filho ao despertar para um novo dia, noites mal dormidas, mágoas de zangas mal resolvidas.
É assim o dia-a-dia de uma cidade que acorda mais um dia, coberto de milhares de rostos desconhecidos, sonhos perdidos, esperanças de um dia mais bem vivido.
Tudo isto somos nós que passamos o dia numa cidade como estranhos, pisamos calçadas, sonhamos, desenganamo-nos, amaldiçoamos assim como abençoamos, afinal todos os dias pensamos que este devia de ser o dia que faria toda a diferença no resto das nossas vidas.
Na selva de betão que passamos as horas das nossas vidas, não conhecemos o vizinho e, muitas das vezes nem sabemos quem é o colega do lado da secretária e ouvimos dizer que isto se chama a evolução da humanidade, pergunto eu, será?
Tenho saudades do tempo em que a porta da rua estava semi-aberta, o vizinho entrava e sabia o nosso nome, jogava à macaca, e rodopiava o pião na palma da minha mão, não foi assim há tanto tempo, mas na correria desta selva, a vida perdeu o que de mais belo tinha, a simplicidade, o calor humano, o conhecido!!!!
Hoje apeteceu-me escrever algumas das coisas que me vai na alma, não estou infeliz, não, apenas me sinto uma solitária a pisar estas pedras da calçada de uma cidade que acorda mais um dia!
 São Imagens de uma Lisboa a acordar para mais um dia
Beijinhos
Até breve
Pauluxa

3 comentários:

  1. Olá miguita...

    Conheço Lisboa também assim...

    Gostei muito destas imagens miga...

    jinhos

    deixei-te um desafio no meu cantinho

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  2. Olá Pauluxa, vim visitar o teu blog e apercebi-me que não sei porque não sou teu seguidor. Já tratei de corrigir este erro, primeiro porque as tuas receitas parecem optimas, e segundo porque gosto da forma como escreves. Assim como seguidor torna-se mais facil acompanhar as novidades.
    Beijos.

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  3. Olá Pauluxa, gostei muito de ouvir os teus pensamentos, obrigada pelas fotos lindas, há já 1 ou 2 anos que não passo aí, gostei de ver essa parte da cidade e claro com outros olhos.
    Beijocas:))

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