Diário de Anne Frank

Olá,

Hoje lembrei-me de escrever sobre algo que marcou a minha adolescência, foi simplesmente um livro, mas mantenho memória dele até hoje. "O Diário de Anne Frank", assim se chamava o livro, eu era uma miúda como outras que atravessava a adolescência com um pouco de rebeldia e de sonhos, até que um dia li este livro, e posso vos garantir que a autobiografia desta menina me marcou imenso, como ela eu tinha um diário e uma amiga imaginária a quem escrevia, a minha amiga chamava-se Kikas a dela Kitty. Éramos duas adolescentes no meu diário eu escrevia sobre as minhas amizades, os meus sonhos, as minhas ambições mas eu era livre para vir à rua, não tinha ninguém a persegui-me, nem ligavam se eu era judia, cristã ou que religião era a minha, vivi a minha adolescência dentro dos parâmetros da normalidade. A Anne foi diferente, descobriu no seu diário e na sua amiga imaginária, uma maneira de sobreviver à prisão que tinha sido obrigada a viver, para mim aquela menina foi a minha heroína, ela conseguiu sobreviver aquele sufoco dos alemães nazis que provocaram o holocausto durante a 2ª guerra mundial. Já tentaram imaginar o sufoco que aquela criança no auge da sua vida, via-se obrigada a viver como uma reclusa, ansiando pela liberdade, para viver uma vida normal, não me consigo imaginar a mofar entre quatro paredes só por ter uma crença religiosa diferente e por não pertencer à raça ariana que o Hitler queria fabricar, somos seres humanos não somos chocolates que nos dão a consistência e sabor ao gosto de qualquer um. A vida foi cruel para aquela criança, eu diria brutal e irracional para ela e para milhões de judeus a quem ceifaram as vidas em campos de concentração, onde os alemães nazis retiram o melhor que cada ser humano tem, a dignidade de cada um. Quando li aquele livro bebi cada palavra, vivi cada momento da Anne, como se o tivesse a viver paredes meias com ela. Naquele livro não havia mão de um autor que tenta prender o leitor ao seu livro, existia apenas uma criança a relatar o seu dia a dia num esconderijo. Podem se questionar porque escrever isto agora neste blog, mas como eu disse no inicio da minha apresentação neste blog, aqui daria a conhecer um pouco de mim desde as coisas que fazia aos meus pensamentos, e hoje lembrei-me deste livro que me marcou. é uma maneira de homanagear a Anne Frank. Nunca é demais escrever sobre as barbaridades que se passaram naquela altura, quando o ser humano desceu ao mais baixo de si mesmo, retirando a vida e torturando o seu semelhante por uma ideologia que um homem de baixa estrutura e de baixos sentimentos os levavam a fazer. Admiro este diário simples de uma menina que nos dá a conhecer a vida nua e crua naquela altura. Minhas amigas se ainda não leram este livro leiam, vale a pena ver a vida naquela altura pelos olhos de uma menina que foi forçada a crescer à pressa e que acabou mesmo por morrer num dos campos de concentração. E ainda tenho de louvar as pessoas que tantos fugitivos ajudaram naquela altura pondo em risco as suas próprias vidas. Aliás estes momentos da história não podem ser esquecidos para que o ser humano não caia no mesmo erro novamente. Sei que esta postagem é diferente de todas as outras que aqui pus, mas hoje apeteceu-me escrever sobre isto, ainda hoje o livro que falei faz parte da minha biblioteca e gosto de o reler por vezes. Por agora nada mais tenho a dizer, voltarei em breve com mais novidades.

Espero que leiam, e que reflictam sobre tudo o que Anne nos dá a ler, não é ficção é uma realidade vivida por uma menina no que devia ser o melhor período da sua vida.

Beijinhos
Não se esqueçam de ser felizes
Até breve
Pauluxa